Acordo com o telefone a tocar e amaldiçoo o dia em que criaram a tecnologia. Caramba não se pode dormir.
Agarro no meu telefone e atendo.
- Raios! É a minha folga como é que tens o descaramento de me acordar de madrugada para me moer os miolos? – grito exasperada sem ver quem me ligava, de cara meia enterrada na almofada mas já a imaginar que seria a Diana.
- Não há nada melhor do que o bom humor de uma mulher quando acorda. – a voz do outro lado da linha ri-se e eu desato a praguejar quando reconheço o som da voz. Praguejo em voz alta e quando me apercebo da figura que estou a fazer dou um salto da cama e caio no chão, perdendo o telefone pelo caminho. – Ainda ai estás? – oiço o riso ainda mais forte do outro lado.
Coisa que vos digo já, me irrita profundamente.
-Isto não é hora de se ligar a ninguém! E além do mais pensei que fosse outra pessoa, a propósito como tem o meu número?
- Calma querida, uma pergunta de cada vez, que já não me recordo da primeira, aliás, não me recordo da última. – Santiago riu-se e eu inspiro profundamente para me tentar acalmar e controlar o meu mau feitio matinal.
- Só fiz uma pergunta, como arranjou o meu número? – pergunto com um pouco mais de calma.
- Se eu disser promete que não a mata depois? É que você tem cara de quem arranca a pele das melhores amigas e faz tapete com elas. – Okay, aquele era o melhor elogio vespertino que alguém me deu até à data. Não me consigo conter e desato a rir à gargalhada quando o oiço a rir também.
- Diana não é? Nem precisa de responder. Já agora, porque me está a ligar? Ainda é cedo. – atiro-me para trás na cama e meto um braço em cima dos olhos.
- Na verdade querida, são 14h37 minutos. E queria saber se estaria interessada em apresentar-me Évora. E por favor não salte da cama outra vez, não vá magoar-se a sério e eu não estou ai. – diz ele num tom mais firme.
Eu destapo a cara e por momentos penso não ter ouvido muito bem.
- Como? Pode repetir?
- São precisamente 14h: 38 minutos neste momento. E então, sempre será a minha guia ou não?
- Sim, será um prazer.
- Óptimo, encontramo-nos daqui a meia hora então. Na porta do Hotel?
- Combinado então. –depois de desligar fico a pensar o que vestir e acima de tudo onde o levar.
Bom, ai não há dificuldade, vamos à capela dos ossos que eu tanto adoro e nunca me canso de lá ir, depois à Catedral, magnífica e por fim à pastelaria para ele provar o famoso Pão de Rala. E agora o que vestir?
Salto da cama e abro o roupeiro.
-Humm… bem, umas calças de ganga e um top está mais do que bom. – procuro os meus ténis Puma e corro até à casa de banho e depois da higiene feita e de estar vestida, amarro o cabelo num rabo- de- cavalo. e saio porta fora.
Vou no meu carro até ao hotel, a sorte é que não apanho muito trânsito mas acabo por chegar 15 minutos atrasada na mesma.
- Estava a ficar preocupado. – diz Santiago quando entra no carro.
- Ai sim? Estava a ficar preocupado? – sorrio só para o provocar.
- Nunca se sabe, podia ter mudado de ideias. – disse ele com um encolher de ombros.
-Nunca volto com a palavra atrás. – digo isto e arranco com o carro. – Bem já tenho uma vaga ideia de onde ir hoje. – sorrio
- Hoje? Isso quer dizer que amanhã há mais? – pergunta genuinamente ansioso.
- Não, amanhã estou a trabalhar. – informo e olho para ele pelo canto do olho e vejo que me observa com atenção.
- Isso sim é uma pena. – e dito isto sinto a mão dele sobre a minha perna, e sinto uma excitação crescente em mim.- Bem, vamos visitar dois monumentos, e uma pastelaria famosa pelo seu pão de rala.
O decorrer da tarde foi de facto divertido e ao qual dei umas boas gargalhadas, e por fim de tanto caminhar terminamos na pastelaria com uma fatia de pão de Rala à nossa frente.
- De facto isto é delicioso.
-Sabia que iria gostar, toda agente que por aqui passa, adora. – apercebo-me que ele me observa novamente e sinto me nervosa e ansiosa. – Bem, será melhor regressar, ainda tenho umas coisas para fazer. – levanto-me e afasto-me dele. Maldito fosse, ele apercebe-se do meu recuo e parece genuinamente magoado.
- Sou indiferente para ti? – ok agora terminou o tratamento de você e passamos para um nível mais à frente.
- Não me quero envolver com ninguém, Santiago.
- Repete outra vez! – é mais uma súplica que um pedido normal. E eu fico a boiar, sem perceber.
- Repito o que? – Pergunto confusa.
- O meu nome. – ele aproxima-se mais de mim, sem me dar espaço para fugir.
- Santiago eu… - ele fecha os olhos como que a saborear o nome dele.
- Adoro o meu nome a sair dos teus lábios. – e dito isto beija-me.
Eu podia afasta-lo. Era o que devia ter feito. Eu sei! Mas em vez disso puxei-o mais para mim, não sei porquê, mas simplesmente deixei-me ir. Deixei que acontece-se…
O Beijo era meigo mas ao mesmo tempo exigente e eu só conseguia deixar-me levar, sem me aperceber de que os gemidos eram meus, a exigir mais… Até que ele se afastou.
-Aqui não. É melhor pararmos. – Santiago levanta-se e puxa-me com ele, quando chegamos ao carro ele tira-me a chaves e vai para o lugar do condutor e eu sem forças para reclamar sentei-me no lugar do pendura e deixei-o conduzir.
Para um dia solarengo, nuvens escuras cobriram o céu e a chuva caiu rapidamente, dificultando a visibilidade.
Mas isso não o impediu de conduzir como um louco e quando vi, estávamos à porta da minha casa. Sem qualquer palavra saímos do carro e corremos até à porta. Entramos em casa e apesar da temperatura negativa que se fazia sentir eu só me sentia quente, muito quente.
Santiago agarrou-me pela cintura e virou me para ele e sem mais delongas começou a beijar-me, cada vez com mais exigência, depois o meu pescoço e quando dei por mim já estava deitada no chão do meu Hall de entrada, despida da cintura para cima.
Comecei de imediato a despi-lo, deixando-o gloriosamente nu, e a sua erecção saltou à vista, grande e grossa, o que por momentos me assustou e me fez sentir uma virgem com a pergunta ridícula de «será que vai caber»?
- Desejo-te desde o dia em que te vi – disse ele num sussurro.
Eu, por mais que quisesse falar não consegui dizer palavra, a paixão deixou-me muda e a única coisa que consegui fazer foi percorrer o corpo dele com as mãos, puxando-o para mim, mas tudo o que ele fez foi torturar-me e deixar-me mais excitada, sentindo borboletas no estômago e uma dormência mais abaixo. Era como se tivesse formigas a passear por todo o lado, fazendo-me o coração palpitar de ansiedade.
-Por favor. – suplico.
-Por favor o que, Eloísa?
- Entra…em mim. Preciso de ti. – sussurro, e ele ri-se e volta a beijar-me.
-Ainda não querida, ainda não. – os beijos começaram a descer do meu pescoço para o meu peito, os lábios dele a rodearem o meu seio e eu dou um gritinho. A outra mão tortura o outro seio e eu desesperada começo a roçar-me nele.
O ar frio toca nos meus seios, denunciando o abandono que estes sofreram, ele continua a beijar-me mais a baixo, brincando e torturando-me entre lambidelas e pequenas mordidelas.
Deixo-me levar por aquilo que o meu corpo mais deseja. Sinto que se aproxima do sitio onde eu mais o desejo e quando penso que a minha merecida libertação está a chegar ele pára.
-Não querida, ainda não. – tento protestar mas acabo por dar um grito quando o sinto a entrar em mim de repente, apesar de estar excitada, molhada, a penetração custa-me um pouco.
- Cristo, está tão apertado. – sussurra ele, e começa a mover-se o que me ajuda a moldar a ele.
As investidas são cada vez mais fortes, cada vez mais presentes, cada vez mais másculas e possessivas.
- Santiago... – grito quando atinjo o clímax.
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