terça-feira, abril 02, 2019

O que eu ouvi na barrica das maçãs de Mário de Carvalho

As melhores crónicas de Mário de Carvalho pela primeira vez em livro

O que eu ouvi na barrica das maçãs será apresentado a 10 de abril por Ricardo Araújo Pereira, em Lisboa

A 4 de abril a Porto Editora publica pela primeira vez uma seleção de crónicas de Mário de Carvalho em O que eu ouvi na barrica das maçãs. Divididas em quatro partes – que separam o escritor, o cidadão, o comunicador e o memorialista –, as crónicas que aqui encontramos foram publicadas pela primeira vez nos anos 80 e 90, no jornal Público e no Jornal de Letras, e algumas são reveladoras de como a História é cíclica e alguns autores proféticos. E, como acontece na sua ficção, também aqui reencontramos o observador atento e o incomparável contador de histórias.

Memórias políticas e familiares (como em «Uma bandeira na varanda»), preocupações de um cidadão inconformado («A ascensão da canalha»), um olhar crítico sobre o ofício da escrita («Espelho de escritores») e encontros («Um homem tranquilo», sobre Saramago) fazem parte do universo deste livro que será lançado a 10 de abril às 18:30, no El Corte Inglés Lisboa, com apresentação a cargo de Ricardo Araújo Pereira


O que eu ouvi na barrica das maçãs
Reconhecido como um dos mais importantes escritores portugueses da atualidade, a sua faceta de cronista passou despercebida à maior parte dos leitores; daí esta seleção das suas melhores crónicas publicadas nas décadas de oitenta e noventa do século passado no Público e no Jornal de Letras. Delas emergem o ficcionista, o cidadão, o comunicador e o memorialista, em textos que alguns diriam proféticos e, nas palavras de Francisco Belard: «testemunhos de um largo campo de assuntos, abordagens, dimensões e estilos, através de eras e lugares, sinais de um escritor que declaradamente prefere viajar no discurso e decurso do tempo e do espaço doméstico a fazê-lo em itinerários geográficos, programados e turísticos. Por tudo isto […], os leitores dos romances o vão reencontrar em mudáveis cenários e perspectivas, de outros pontos de vista, na familiaridade e na estranheza diante do seu mundo, que faz nosso.»

 Mário de Carvalho 
 
Nasceu em Lisboa em 1944, licenciou-se em Direito e viu o serviço militar interrompido pela prisão. Depois da Revolução dos Cravos, em que se envolveu intensamente, exerceu advocacia em Lisboa. Publicou em 1981 o seu primeiro livro, Contos da Sétima Esfera. Desde então, tem praticado diversos géneros literários – romance, novela, conto, ensaio e teatro. Foi distinguidos com os prémios literários portugueses mais prestigiados, designadamente os Grandes Prémios de Romance, Conto e Teatro da APE, o prémio do PEN Clube e o prémio internacional Pégaso. Os seus livros encontram-se traduzidos em várias línguas.

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