«O Massimo contou-me tudo, em horas, dias, semanas, meses de
telefonemas. E eu ouvia. Enquanto falava, ocupava-se dos seus ouriços. Eu
apenas ouvia. Atentamente. Para não perder nada. Inclusive as palavras não
verbalizadas. E, sobretudo, as emoções, positivas e negativas, ansiando por
transmiti-las depois a quem iria ler. Tentando não usar, nem mesmo
inconscientemente, qualquer filtro. Embora não seja cem por cento possível: por
vezes, o coração — às escondidas — escreve sozinho. E não te apercebes.»,
Antonella Tomaselli.
Com várias fotografias,
25 Gramas de Felicidade é sobre um ouriço e sobre o
veterinário que decidiu cuidar dele. Mas é também sobre o amor, a felicidade e
uma imensa vontade de viver. Massimo Vacchetta conta a sua ligação
extraordinária com um animal tão pequeno e especial, e de que forma esta o
ajudou a sair de um período sombrio com um novo objetivo de vida: criar um
centro de recuperação para ouriços.
Mais do que um relato sobre os problemas que afetam tantas espécies em
risco de extinção, 25 Gramas de Felicidade é uma sensível e
emotiva descrição dos laços de um veterinário com um pequeno ouriço, e é um
daqueles livros que nos elevam a alma e nos deixam com um sorriso na cara.
Com milhares de exemplares vendidos em Itália e direitos adquiridos
por mais de 60 países, 25 Gramas de Felicidade é uma obra irresistível
sobre o amor, a felicidade e uma imensa vontade de viver.
« — É um caso clínico muito especial! Agarrei no ouriço e pu-lo na
palma da minha mão, para o observar melhor. Detive o olhar durante um momento
nas patas da frente: os dedos finos pareciam minúsculas mãos. Emocionou-me a
semelhança, mas, restabelecida a emoção que me invadia, propus a Andrea,
sorrindo:
— Vamos tirar-lhe algumas fotografias e depois publicamos no Facebook.
Tirámos várias selfies com os smartphones. Eu, ele e o ouriço. Eu e o
ouriço. Ele e o ouriço. Escolhemos as melhores para publicar. Despedimo-nos. E
regressei a casa, onde me esperava a Greta. Na manhã seguinte, como combinado
com o Andrea, fui até ao seu consultório. Em primeiro lugar queria cuidar do
ouriço. Aquele animalzinho curioso tinha-me provocado alguma pena no dia
anterior. Abri a porta e ali estava ele, imóvel. Ouvi um lamento. Um pequeno
pranto, ténue. Como de um pintainho. Minúsculos e contínuos gemidos,
intervalados por pequenas pausas. Atingiam-me o coração. Dilacerando-o.
Faziam-me sentir mal. Sons ténues, mas agudos, em forma de lágrima. O ouriço
pedia ajuda.
Massimo Vacchetta vive no Norte de
Antonella Tomaselli é jornalista
e autora de vários livros, tendo publicado diversos artigos
sobre raças de cães. Está ativamente envolvida
na consciencialização relativa ao abandono de animais de
companhia.
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