sexta-feira, novembro 30, 2012

As Trevas da Paixão - Santiago #2

Fico a observar aquele monumento que se afasta, raios! Que homem!
                -Hello! Terra chama Eloísa!!! Bem meu amor, até eu ficaria a babar-me perdidamente, acredita dava tudo para o ter na minha mesa de trabalho, bem vivo e bem duro se é que me entendes, mas raios! Toma la a porra de um lenço enquanto mando providenciar uma esfregona para limpar a inundação que fizeste. – uma voz bastante familiar puxa-me para o presente e encaro Diana que está à minha frente com um sorriso maroto enquanto ela observa as suas unhas como se admirasse de facto as garras e pensasse em como as cravar nele. – Bem bom hã? – confidencia ela toda inclinada sobre o balcão. – Nossa Senhora, aquele rabo… ai pelos deuses, eu bem que massajava aquele rabo bem bom, arranhava aquelas costas fortes, e aqueles ombros musculados… mordia-os, arranhava, lambia aquele peito…

-Diana!!! – fico chocada com ela e surpreendida comigo mesma porque já não devia ficar chocada com ela, afinal, é a Diana de quem estamos a falar, ou melhor é a Diana a falar. Por isso qual o espanto?
-Ora querida, vejo que já esqueceste aquele traste miserável e desprezível.
-Hum... não... Bem, sim... quer dizer não sei. Só sei que por momentos o esqueci sim. – confesso entre murmúrios.
-Fantástico. – Guincha ela como uma ninfomaníaca que é.
              -Diana, menos! – Sussurro assustada e vejo alguns clientes a olharem para a recepção.
-Então, para quando é?
-Desculpa? – sinto-me confusa com a questão de Diana, e por momentos sinto-me como um navio à deriva numa tempestade.
              -Ora, quando é que o vais comer? – Diana revira os olhos, e junta os cotovelos à cintura, puxando-os para trás e a cintura para a frente.
              - Por favor, é um cliente. Não vai acontecer nada. – tento dar o assunto por terminado pegando em alguns papeis e fazendo de conta que estou deveras ocupada. Mas Diana é Diana, tira-me os papeis das mãos e olha-me de sobrolho franzido.
               -Tas a gozar certo? Vais para freira, é? Aproveita ao máximo ali o menino, porque meu amor, – Diana leva a mão ao peito dramaticamente. – se ele não está caidinho por ti, eu sou o Coelhinho da Pascoa!
-Não estás na tua melhor forma – gozo
- Oh céus!!! Estou mais gorda, não estou? Eu sabia! Eu sabia! Hoje de manhã não consegui vestir o meu vestido vermelho, super justo e que me faz super, híper, mega Sexy!
Ok, toquei num assunto critico mesmo e agora sim tenho todos os clientes a olharem, que vergonha.
        -Querida, se a menina está gorda como julga, eu estou cego e ainda não dei conta, se me permite que seja sincero, a menina está uma brasa e nem sequer parece ter um miligrama de gordurinha nesse corpo fantástico.
-Oh, a sério? Obrigado – Diana sorriu toda derretida para o cliente e vejo que vai meter as garras de fora, literalmente, e atacar o pobre homem, bem pobre não, porque ninguém faz um elogio deste género sem esperar nada em troca, ou faz?
-Diana, ia-mos almoçar certo? – interrompo com esperança de salvar o homem dela, porque se ela lhe espeta as unhas, muito provavelmente o homem vai ter um AVC[1], ou não…
Eloísa para de divagar!
-Almoço? Han…Sim, não. Tínhamos?
-Yap, por isso é que vieste aqui! Maria, segura aqui as pontas antes que isto se incendeie, eu volto já. – agarro Diana pelo braço e corro com ela dali para fora.





[1] Acidente Vascular Cerebral.


O almoço não podia ter corrido pior, realmente servir de vela não é a minha vocação! Acabei por desistir e vir embora, se o homem tinha mesmo tentativas suicidas, que podia eu fazer? E para melhorar a minha tarde tinha sido mandada para a piscina interior para fazer o supervisionamento. Raios
- Por favor, se continuar a morder o lábio assim, não vai sobrar nada para eu poder morder também. – comenta uma voz cadenciada, rouca e grave ao meu ouvido, fazendo-me sobressaltar.
 Desastrada como sou, desequilibro-me e sinto-me a cair, a única coisa que vejo é água, água e água à minha frente, e como o azar nunca vem só, adivinhem lá? Não sei nadar!!! O pânico apoderou-se de mim e para evitar cair dentro da piscina, agarro-me à primeira coisa que está ao nível da minha mão, oiço um grunhido e umas mãos à minha volta e de repente água.
Imediatamente sou trazida à superfície e a única coisa que consigo fazer é tossir e cuspir água.
- Tente respirar com calma. – diz a voz um tanto ou quanto aflita. – E por favor, largue o que está agarrar, pretendo ter isso a funcionar mais uns aninhos.
- Des-culpe – digo entre tossidelas, e apercebo-me que quando estava a cair, o que tentei agarrar foi… oh céus, largo imediatamente o sexo dele e sinto-me corar até a raiz dos cabelos, não só por ter agarrado no que agarrei, mas por me dar conta que é o Santiago, o homem da recepção, que se tinha esquecido da chave no quarto… e que era lindo como tudo…
- Obrigada, já me sinto melhor. – suspira ele, visivelmente aliviado – Caramba, ia esborrachando o meu «pandinha», mais um pouco ficava incapacitado para o resto da vida.
- Desculpe, perdoe-me, mas entrei em pânico.
- Pânico? Com a água?
- Bem… a verdade é que… eu não sei nadar, e depois você assustou-me! – acuso-o, esquecendo a vergonha e fico furiosa.
- Hum... cada vez mais sexy, surpreende-me a cada minuto que passa. Pelo lado bom e verdade seja dita, pelo mau também.
- Deixe-me imaginar. – digo num tom irritado, cruzando os braços. – Bom, porque gosta de me assustar e de me ver irritada, mas mau porque que ia dando cabo dos herdeiros, certo?
-Certíssimo cara amiga, e na verdade, acho que me deve algo. – volto a sentir os braços dele à minha volta, apertando-me mais contra ele e algo.
Oh puta de sorte, ele está duro, contra mim, a bater na minha barriga como um mastro de um navio a bater numa vela, bem o mostro não bate na vela mas… Eloísa!!
-Devo? Não me parece, e se não se importa solte-me.
Ele dá uma gargalhada e os seus olhos ficam escuros de paixão.
-Sim, como desculpa por quase me ter castrado, acho que me deve um jantar. Seria uma boa forma de me mostrar de que não me estava a tentar matar, e de se mostrar arrependida.
 - Não me parece, segundo se recorda…
- Sim sofreu uma traição recentemente, eu sei disso. Mas não a pedi em namoro ou casamento. Apenas um jantar.
 E dito isto não é que o desgraçado me calou!? Muito bem, quer um jantar. Vai ter o jantar. Porque não seguir em frente e fazer como Diana, tirar partido!? Divertir-me!? Sim é isso mesmo.
- Combinado, quando, onde e a que horas? – ele mostra-me um sorriso vitorioso e beija-me na bochecha.
- Hoje às sete, o local é surpresa. E agora é melhor tira-la da piscina se não ainda fica doente. – levanta-me no ar e senta-me no rebordo da piscina.
Vejo-o a sair também e fico de queixo caído, raios o homem despido é… tudo de bom. Oh céus, ele de certo foi abençoado pelos deuses. Não consigo parar de me babar a olhar para ele, e ele apercebe-se de que o observo e dá um sorriso traquinas.
- É melhor ir mudar de roupa boneca, até logo. – Santiago vira-me as costas e vai-se embora, enquanto eu fico a observar os calções molhados colados como uma segunda pela na sua cintura e coxas e …
Eloisa!!!

1 comentários:

  1. A sério muito bom :) ainda me estou a rir com todo este capítulo, só de imaginar...Diana como sempre no seu melhor xD este jantar promete, que venha mais um capitulo :)

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